quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Tempestade...



Certa vez, Theodore Parker (1810-1860) descreveu uma tempestade no fim da primavera:

”Estava tudo escuro, exceto onde o relâmpago cortava o céu. O vento sibilava e as águas caíam, diluviais. Que devastação! Mas não demorou muito, os relâmpagos cessaram, os raios silenciaram, a chuva parou, as nuvens se foram com o vento manso e apareceu o arco-íris. Então, durante várias semanas, os campos ficaram cobertos de flores e, por todo o verão, a grama esteve mais verde, os ribeiros mais cheios e as árvores mais frondosas tudo porque a tempestade havia passado por ali”.

Gosto muito desse texto porque mostra como uma terrível tempestade pode revelar as mais belas expressões da vida. Acho que as lutas que enfrentamos têm o mesmo efeito que as tempestades na natureza.

Embora muitas vezes o nosso céu pareça escuro e tenhamos a sensação de que o vento e a chuva estão fortes demais, a ponto de destruir tudo, é possível aquietar nossa alma e acreditar que toda a agitação e desordem vão passar. E o mais importante: depois da aparente devastação, virão as flores, a grama verde, os ribeiros mais cheios e as árvores mais frondosas. Há uma mensagem de renascimento nisso tudo.

Acho que podemos entender que, quando a tempestade nos atinge, significa que algo de novo virá em nossa vida. Por isso, não fique angustiado quando as coisas parecerem fora de controle. Se você quiser, Deus poderá coordenar você como faz com a natureza, deixando tudo mais belo, depois. A experiência, em vez de traumatizá-lo, pode servir para fortalecê-lo.

Foi uma tempestade que ocasionou a descoberta das minas de ouro na Índia.

Texto de Luciano Corrêia.
Publicado em 26/05/2008, no Blog Oficial da Ana Paula Valadão.

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